Ricardo Seidi e sua mãe Terezinha Guinaia, pai e avó de Eduarda Shigetmatsu, assassinada em 2019 aos 11 anos em Rolândia, vão a júri popular em Maringá

O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) marcou a data do júri popular que irá julgar Ricardo Seidi Shigematsu, pai de Eduarda Shigematsu, e Terezinha de Jesus Guinaia, mãe de Ricardo e avó de Eduarda: o julgamento será realizado no Tribunal do Júri de Maringá no dia 20 de maio, a partir das 8h30. Eduarda Shigematsu foi encontrada morta em abril de 2019, quando tinha 11 anos, em Rolândia, no Norte do Paraná.
Inicialmente marcado para maio de 2022, o júri foi adiado algumas vezes e também foi feito o ‘desaforamento’, ou seja, mudança de local de julgamento por duas vezes. Saiu de Rolândia e foi para Londrina, onde estava marcado para acontecer em março de 2024, mas foi novamente desaforado, desta vez para Maringá. A juíza que conduzirá o julgamento é Sâmya Yabusame Terruel Zarpellon e os jurados serão maringaenses.
Em seu despacho, a juíza de direito de Maringá mantém Ricardo Seidi preso – ele foi detido em abril de 2019 – e diz que, no plenário, decidirá se ele usará algemas ou não durante o julgamento.

Relembre
Em abril de 2019, Eduarda desapareceu e, dias depois, foi encontrada morta e enterrada na garagem de uma casa que pertencia a seu pai, Ricardo Seidi, em Rolândia. Ele foi preso logo após a descoberta do corpo e é o principal suspeito de matar e ocultar o cadáver da própria filha. Ele nega o assassinato e diz que ‘apenas’ ocultou o corpo e que Eduarda teria se matado. Atualmente, o acusado aguarda julgamento na Penitenciaria Estadual de Londrina (PE1).
Ricardo está preso desde 28 de abril de 2019 e é acusado de homicídio triplamente qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Já sua mãe, Terezinha de Jesus, avó de Eduarda, é acusada pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Como Ricardo, ela nega as acusações. Terezinha ficou presa por alguns dias, mas depois foi libertada. Em abril, o assassinato de Eduarda completa seis anos.

O crime
Eduarda Shigematsu desapareceu de casa no dia 24 de abril de 2019 – ela tinha 11 anos à época. Seu corpo foi encontrado no dia 28 de abril e estava enterrado na garagem de uma casa desocupada, que pertence à família de Ricardo Seidi. O laudo do Instituto Médico Legal (IML) apontou esganadura. A avó da menina, Terezinha de Jesus Guinaia, foi acusada por ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Ricardo Seidi Shigematsu foi preso no mesmo dia, depois de ajudar a polícia a desenterrar o corpo de Eduarda.
