Justiça remarca júri de pai e avó de Eduarda Shigematsu

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Julgamento passou de março para maio devido a uma testemunha, considerada essencial, não ter sido intimada

Eduarda Shigematsu tinha 11 anos quando foi morta (foto: redes sociais)

O julgamento de Terezinha de Jesus Guinaia e de seu filho Ricardo Seidi, acusados no envolvimento na morte de Eduarda Shigematsu (11 anos), foi adiado pela Justiça para 26 de maio de 2022. Os acusados, que são avó e pai da vítima, vão enfrentar um júri popular formado por 7 pessoas no Fórum de Rolândia.

Inicialmente, o julgamento estava marcado para o dia 24 de março, mas o Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu a mudança alegando que uma das testemunhas, considerada essencial, não havia sido intimada. O advogado de defesa de Terezinha também havia solicitado a remarcação do julgamento porque queria substituir uma testemunha.

Também a defesa de Ricardo Shigematsu tinha pedido no processo o adiamento do julgamento porque houve troca de advogados e não haveria tempo hábil para que os novos profissionais estudassem o processo.

Jurados

Com a mudança da data do julgamento do caso Eduarda Shigematsu, o sorteio dos 25 jurados também teve que ser remarcado: agora será no dia 2 de maio. Das 25 pessoas sorteadas para o júri, apenas sete serão escolhidas para julgar os acusados.

Ricardo Seidi e de Terezinha de Jesus Guinaia vão a Júri Popular a partir das 8h30 do dia 26 de maio de 2022, uma quinta-feira. O julgamento deve mexer novamente com os rolandenses, como aconteceu na época do crime hediondo. Essas pessoas que comporão o Júri irão decidir se Ricardo é culpado de homicídio qualificado (feminicídio), de ocultação de cadáver e de falsidade ideológica. Já a avó Terezinha será julgada pelos crimes de ocultação de cadáver e de falsidade ideológica.

Relembre o caso

Ricardo Seidi Shigematsu foi preso no dia 28 de abril de 2019, um domingo, depois de ajudar a polícia a desenterrar o corpo de Eduarda. A menina estava enterrada na garagem de uma casa desocupada, que pertence à família de Ricardo, e que fica na rua Manoel Carreira Bernardino, região central de Rolândia. Eduarda estava desaparecida desde a quarta-feira (24) e o próprio pai colocou o fato, pedindo ajuda, em sua rede social.

Ricardo deu depoimento ao delegado Ricardo Jorge, da 22ª SDP Subdivisão Policial de Arapongas, responsável pelo caso. O corpo foi localizado pelos policiais da delegacia de Rolândia, que pertence à 22ª SDP de Arapongas, e pelas equipes do Sicridi (Serviço de Investigação de Criança Desaparecida, de Curitiba, que está no caso desde a sexta-feira. “Eduarda foi encontrada com as mãos e pés amarrados, com uma camiseta e um saco de lixo na cabeça”, afirmou o delegado.

Naquele domingo pela manhã, testemunhas informaram à polícia que tinham ouvido barulhos em uma residência desocupada na rua Manoel Carreira Bernardino no dia em que Eduarda havia desaparecida, dia 24. Os policiais foram ao local checar a informação e notaram em uma garagem um chão aberto, com concreto quebrado. Os policiais começaram a cavar e logo subiu um forte odor e eles viram o pé da menina. Foi apurado que o imóvel era do pai de Ricardo e praticamente só ele tinha acesso a essa casa. Ricardo havia deixado uma caminhonete nessa residência e tinha levado vassoura e um balde. Os policiais foram até a casa de Ricardo e o prenderam em flagrante por ocultação de cadáver.

Mais detalhes

O delegado falou das imagens de câmeras que mostram Eduarda chegando na casa dela, na quarta-feira (24), por volta das 11h50, mas não há imagens dela saindo da casa. “O que vimos foi Ricardo saindo da casa com um Gol preto por volta das 13h30 e com a menina já morta dentro do carro, como ele mesmo admitiu”, revelou o delegado Ricardo. “Ele confessou a ocultação do cadáver, mas não de ter matado Eduarda”, enfatizou o delegado. Ricardo chegou com o Gol preto, ainda não encontrado, às 13h35 na residência da rua Manoel Carreira Bernardino.

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