Manifestação espontânea organizado por moradores não teve tanta adesão de pessoas quanto a movimentação feita pelas redes sociais
A manifestação espontânea que ocorreu no último sábado, dia 04 de dezembro, no semáforo da rua Dom Pedro I, em Rolândia, mesmo local onde ocorreu a tragédia que vitimou Vanessa Delfino (32) e sua filha Laura (06), no dia 26 de novembro, não teve tanta adesão de pessoas como o esperado pelos organizadores. O ato teve como solicitação geral o pedido de segurança na cidade por meio de sinalizações corretas no trânsito, pinturas em quebra-molas, faixa de pedestres e cancelas nos cruzamentos das linhas férreas do município. Nas redes sociais, isso gerou muito engajamento, porém, na vida real, não reuniu tantas pessoas.
“O ato teve poucas pessoas, teve muitas falas sobre o assunto nas redes sociais, mas a adesão na manifestação mesmo não teve. Percebi também que muitas pessoas criticam as vítimas desses acidentes por falta de sinalização alegando indisciplina, mas eles não se dão conta que uma coisa é diferente da outra. Nós estamos cobrando a segurança no trânsito, a qual temos direito, porque nós pagamos impostos, não é caridade. O governo está ganhando para prestar esse serviço à população”, afirma uma das organizadoras da manifestação, Lurdes Albara.
Na semana passada, o prefeito Ailton Maistro e o secretário de Planejamento, Zeca Salgueiro, fizeram um pedido formal ao superintendente Regional do DNIT no Estado do Paraná e ao coordenador de Relações Institucionais e Governamentais da Rumo Logística, pedindo a implantação de cancelas eletrônicas com sinalização sonora em todos os cruzamentos em nível, dentro do perímetro urbano do município de Rolândia. O vice-prefeito, Márcio Vinicius, esteve presente na manifestação e conversou com os manifestantes sobre o problema. “Ele esteve lá conversando com a gente e falou que, de imediato, o que poderia ser feito pela prefeitura era solicitar que os trens andem mais devagar aqui dentro da cidade, pois já havia sido questionado o fato dele passar muito rápido”, informa Lurdes.
Depois da tragédia, a Rumo Logística lamentou o ocorrido e em nota afirmou que “permanece à disposição das autoridades competentes para fornecer as informações que se fizerem necessárias. De acordo com o Artigo 10, Parágrafo 4º, do Decreto Federal 1.832/1996, o responsável pela execução da via mais recente deve assumir todos os encargos decorrentes da construção e manutenção das obras e instalações necessárias ao cruzamento, bem como pela segurança da circulação no local. Além disso, o Artigo 21 do Código Brasileiro de Trânsito, estabelece que quem responde pela sinalização é o órgão responsável pela via rodoviária”.
A manifestante afirma que vai continuar, junto com outras pessoas, cobrando do Poder Público as medidas de segurança necessárias para o município. “Além disso, o Daniel Steidle, da Fazenda Bimini, que também está colaborando conosco nessas ações, vai estar na próxima segunda-feira, na Câmara de Vereadores, e vai usar a Tribuna para falar sobre isso, expor a situação e cobrar medidas urgentes”, concluiu Lourdes.