Roda de conversa aborda violência contra mulheres e meninas; evento começa às 13h30 desta quarta-feira na Réplica do Hotel Rolândia
A Secretaria de Assistência Social e o Conselho Municipal dos Direitos das Mulheres de Rolândia (CMDM) promovem uma roda de conversa com mulheres durante toda a tarde nesta quarta-feira (4). Com o tema ‘Luta contra a violência a mulheres e meninas’, o evento será realizado na Réplica do Hotel Rolândia com início às 13h30 e previsão de término às 17 horas.
O CMDM ressalta que não é necessário fazer nenhum tipo de inscrição, basta ir até o local, que fica ao lado do Museu Municipal, na avenida Pres. Vargas, 2170 e participar. “Muitas mulheres podem estar sendo vítimas de vários tipos de violência e não se dão conta disso, simplesmente porque não conseguem reconhecer essa violência”, pontua Michele da Silva, secretária de Assistência Social de Rolândia.
A secretária lembra do aumento de casos de violência contra as mulheres e meninas em Rolândia e a preocupação dos órgãos que lutam pelos direitos das mulheres. “Até meados do ano passado eram 160 mulheres que sofreram violência e, agora, chegamos a 351. Dessas, não estão mais em atendimento, mas o que preocupa é que 156 delas nem chegaram a ser atendidas e desistiram”, lamenta Michele. Isso sem falar nos dois feminicídios em menos de dois meses no município.
Michele lembra que 120 mulheres terminaram o processo e que, atualmente, 35 estão sendo acompanhadas, há oito novos casos e 25 mulheres arquivaram o BO. “As mulheres precisam entender que precisam dar continuidade ao processo para que o agressor sofra algum tipo de responsabilização e não se sintam tentados a voltar a cometer a violência, que pode chegar ao feminicídio”, ressaltou.
“Temos 159 mulheres com idade entre 26 a 59 anos, 22 entre 60 a 70 anos e oito acima de 71 anos”, alertou. “O objetivo dessa e de outras ações é que todas as mulheres tenham suporte e que outras se sintam encorajadas em denunciar a violência sofrida e que os homens se conscientizem que são agressivos. Rolândia não vai aceitar esse cenário de violência contra a mulher”, concluiu Michele da Silva.