Reunião na prefeitura de Rolândia debateu sobre a violência nas escolas e alternativas para combatê-la
A violência, os ataques e as ameaças às escolas foram a pauta de uma reunião realizada na manhã da terça-feira (11) no gabinete da prefeitura de Rolândia. Recebidos pelo prefeito de Rolândia, Ailton Maistro, pelo procurador-geral, Wilson Sócio, e pela secretária de Educação, Leise Camargo, representantes do 15º BPM, da Polícia Civil, do Legislativo, do Conselho Tutelar e do Conselho Municipal de Educação discutiram possíveis soluções para se coibir esse tipo de violência e também de ameaças.
Responsabilidade dos pais
Um dos pontos centrais da reunião, e no qual todos estavam de acordo, foi com a necessidade de responsabilizar e dar responsabilidades aos pais. É sabido que as professoras e diretoras não podem inspecionar, por exemplo, a bolsa dos alunos. Já os pais podem fazê-lo em casa, antes do filho sair para a aula. “Os pais também devem ver o que seus filhos estão vendo na internet e sobre o que conversam nos grupos”, alertou a presidente do Conselho Municipal de Educação, Tatiane Benazi.
A ideia de responsabilizar os pais pelos atos de seus filhos também encontra respaldo na polícia. As autoridades de segurança informaram que os setores de inteligência das polícias militar e civil estão trabalhando e identificaram perfis falsos em redes sociais que espalham mentiras e pânico na população. E vão responsabilizar essas pessoas, se forem menores, provavelmente seus pais serão responsabilidades.
Providências
Os vereadores Reginaldo Silva, Andrezinho da Farmácia e Profa. Janaina Beneli questionaram sobre as providências que o Poder Público tomaria para aumentar a segurança nas escolas municipais. Muros mais altos e serpentinas estão entre as possíveis ações que podem ser tomadas pela prefeitura e pela secretaria de Educação. Houve pedidos até por cerca eletrificada, o que é proibida em escolas, detector de metais e seguranças armados nas escolas.
Cursos
A vereadora Janaina sugeriu que as escolas façam treinamentos para ocasiões de emergência, como o se deve fazer quando uma situação extrema venha a acontecer. Em resposta, a secretária Leise Camargo afirmou que haverá um curso online para as professoras, professores e colaboradores das escolas. “Esse curso capacitará essas pessoas a saber como agir em situações como essas”, ressaltou Leise.
Rondas policiais
O subcomandante do 15º BPM, major Alesandro Luis Wolski, e o tenente Marcos Kenzo, falaram sobre a intensificação do trabalho de rondas policiais, sobretudo nos horários de entrada e saída dos estabelecimentos educacionais. A ideia é que as motocicletas também ajudem nessas rondas.
Os policiais também alertaram sobre a importância de não se espalhar fake news e ou notícias, fotos que tenham a ver com ameaças às escolas. “O compartilhamento dessas fake News favorece que se instale um sentimento de insegurança entre as crianças e os próprios pais”, resumiu o major Wolski.
Os policiais alertam para as pessoas para, em caso de qualquer anormalidade, acionar os telefones da polícia: 181 e 190.
Participaram, ainda, do encontro, o delegado-chefe da 29ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Rolândia, Bruno Silva Rocha, Rogério Santana, do Conselho Tutelar, policiais militares e secretários municipais.