Iniciativa da Prefeitura de Cambé, Curso de Língua Portuguesa para imigrantes começou na última quinta-feira
Uma parceria entre a Faculdade Catuaí, a Cáritas Arquidiocesana de Londrina e a Prefeitura de Cambé, por meio da Secretaria Municipal do Trabalho e Profissionalização, tornou possível a realização do Curso de Língua Portuguesa, dedicado aos imigrantes estrangeiros que fizeram do Brasil sua nova morada.
A largada para o início da qualificação foi dada na manhã da quinta-feira (24). No entanto, a previsão é de que as aulas ocorram todas as segundas, quartas e sextas-feiras, das 7h30 às 10h30, nas dependências da Faculdade Catuaí, que cedeu seu espaço situado no jardim Santo Amaro. A pasta do Trabalho, por sua vez, teve participação contratando os professores.
A pedagoga Cláudia dos Santos foi uma das admitidas. Ela explica que este primeiro grupo, formado em sua maioria por pessoas com nacionalidade haitiana, funciona como uma turma piloto, já que a intenção é abrir mais vagas em um futuro próximo. Através da evolução comunicativa dos participantes, a organização tem um termômetro para medir a efetividade do plano de ensino.
O plano pedagógico busca incentivar o desenvolvimento dos alunos em três principais frentes de comunicação. São elas: a escrita, a leitura e a conversação. O conteúdo quer estimular a interpretação oral e textual, além da produção de texto e o estudo dos elementos gramaticais da língua trazida ao Brasil pelos colonizadores.
Santos observa que a melhor fluência na Língua Portuguesa potencializa a inclusão na comunidade e no mercado de trabalho. Segundo seu diagnóstico, as dificuldades surgem tanto na busca por atendimento básico em instituições como na candidatura para vagas de emprego: “A comunicação é fundamental para que eles consigam ser atendidos nas suas demandas. Nós pensamos, em especial, na questão da empregabilidade e nas questões em torno da comunicação. A nossa expectativa é de que eles melhorem esse processo, se familiarizando mais com o idioma tanto na escrita quanto na leitura e na oralidade. Eles até falam um pouco [o português] mas eles possuem muita dificuldade na entrevista [de emprego]”.
Os participantes viram no curso, inclusive, uma porta de entrada para o processo de naturalização brasileira. De acordo com a pedagoga, a Polícia Federal exige, para conceder este título, um curso com carga horária mínima e realização presencial.