Nesta sexta-feira, dia 28 de fevereiro, o CERVIN – Centro de Recuperação Vida Nova, fundado em de 1985 em Rolândia, completa quase 40 anos de atuação no acolhimento de pessoas com transtornos decorrentes do uso de substâncias psicoativas

O Cervin (Centro de Recuperação Vida Nova) é uma instituição de fins não econômicos e tem como principal missão oferecer internação residencial em modelo de comunidade terapêutica para indivíduos que necessitam de tratamento especializado para o alcoolismo e uso de outras drogas. Com duas unidades de atendimento – a masculina, localizada em Rolândia, que celebra 40 anos de história nesta sexta (28), e a feminina, em Cambé, inaugurada há 20 anos. A entidade já atendeu mais de 10 mil pessoas de várias partes do Brasil e do exterior.
“O nosso foco é trabalhar na prevenção, no tratamento e na ressocialização. Hoje temos 40 adultos no programa masculino e 15 no feminino. Oferecemos um ambiente de acolhimento com uma estrutura física completa, que inclui atividades laborais, esportivas e de acompanhamento terapêutico, contando com uma equipe multidisciplinar composta por médicos, psiquiatras, psicólogos, assistentes sociais, capelães e monitores. Nosso programa terapêutico, que dura de seis meses a um ano, integra cuidados físicos, emocionais e espirituais”, explicou o diretor-geral do Cervin, Edson Galvan.
Edson ressaltou ainda a importância do convênio municipal, lembrando um momento marcante da história do Cervin. “Durante mais de 20 anos, o município repassava vagas para as pessoas de Rolândia que não tinham condições de arcar com o tratamento, garantindo que muitos tivessem acesso a um serviço essencial. Atualmente, estamos trabalhando para reatar algum tipo de convênio municipal, pois reconhecemos a importância de uma parceria que auxilie na manutenção e ampliação dos nossos serviços”, pontuou.
A secretária de assistência social do município, Michele Pereira, em contato com o JR, explicou que as comunidades terapêuticas, incluindo o CERVIN, enfrentam desafios burocráticos para a formalização de convênios públicos. Segundo ela, a legislação atual não as enquadra nem como responsabilidade da Assistência nem da Saúde, o que impede contratações diretas por parte do município.
“As comunidades terapêuticas, de forma geral, estão em um limbo legislativo. A legislação não as reconhece como parte da assistência social, mas também não as considera uma responsabilidade da saúde. Isso cria um impedimento para que possamos contratar seus serviços diretamente”, explicou Michele.
“Estamos estudando alternativas para formalizar um novo modelo de contratação, seja por meio de residências inclusivas ou casas de apoio. Além disso, o secretário estadual de assistência social já sinalizou a intenção de retomar a discussão sobre o apoio às comunidades terapêuticas. A ideia é abrir um credenciamento para essas entidades ainda este ano, garantindo uma solução dentro dos limites legais”, destacou Michele.
O Cervin é amplamente reconhecido não apenas pela sua trajetória, mas também pelo impacto positivo na comunidade. Através do trabalho integral que une o aspecto físico, emocional e espiritual, a instituição vem contribuindo decisivamente para a recuperação e reinserção social de seus pacientes. A experiência acumulada ao longo de quatro décadas demonstra que, com dedicação e parceria, é possível transformar histórias de dor em narrativas de superação e renovação.
Isso é demonstrado na recuperação de milhares de pessoas que passaram pela instituição em Rolândia e em Cambé.
Para mais informações e contatos, o Cervin disponibiliza o telefone (43) 3256-3325. o e-mail: [email protected].
A sede da instituição fica na Rua das Hortências, 2361, no jardim Catuaí, em Rolândia.