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Humanização e acolhimento em meio ao tratamento

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Conheça o Centro de Apoio ao Paciente com Câncer de Londrina (CAPC) que há 10 anos oferece autoestima e apoio para pacientes em tratamento

O Centro de Apoio ao Paciente com Câncer (CAPC) de Londrina existe desde abril de 2013 e conta com 20 membros na diretoria. Ele é feito por médicos, militares, enfermeiros, administradores, advogados, publicitários, psicólogos, psiquiatras, pastores, agricultores representados pela Sociedade Rural do Paraná, padres, Universidades de Londrina, Fiocruz/BA, homens e mulheres das mais diferentes idades e profissões, unidos nessa tarefa: tornar menos doloroso ao paciente que convalesce do tratamento do câncer.


“O CAPC foi idealizado pelo Dr. Celso Fernandes Júnior, médico urologista em Londrina e atual presidente da Unimed Londrina. Ele fundou em 2013 e já faz 10 anos que o centro existe. A ideia surgiu através de um sonho que ele teve, quando estava passando pelo câncer de nasofaringe. Ele sonhou com um espaço onde tinham vários painéis chamando por senhas, e várias portas, e em cada uma delas tinha um profissional de diferente especialidade para atender aos pacientes”, conta Adriane Cantone, psicóloga clínica e atual coordenadora do CAPC.


Nesse sonho, hoje realidade, a vontade do criador do centro era o de possibilitar que pacientes que estivessem passando pelo tratamento de câncer recebessem uma atenção para além dos tratamentos convencionais como o de quimioterapia e radioterapia, e também pudessem ser acolhidos por outros tipos de especialistas como dentistas, psicólogos, nutricionistas, advogados, fisioterapeutas e muito mais.


“O CAPC é basicamente um instrumento de humanização com esses pacientes, ou seja, é algo que traz o paciente até nós para dizer a eles que realmente existe vida após o diagnóstico. A gente resgata a autoestima dessas mulheres. Lá é oferecido oficinas de auto maquiagem, oficina de artesanato, de culinária e nós temos um grupo, os doadores de amor, de voluntários que vão até a casa das pacientes ver como elas estão”, explica Adriane.


A coordenadora também explica que o centro não carrega uma placa oficial de uma religião específica, mas lá se fala muito da palavra de Deus, e do quanto a fé é importante e promove de fato uma humanização com os pacientes. “O que queremos sempre reforçar com os pacientes é que mesmo que eles estejam passando por uma enfermidade, antes disso, o câncer não define quem ele é. E por isso focamos muito no resgate da autoestima de todos eles, incentivando que todos continuem tendo sonhos e desejos”, afirma.


O foco de trabalho desenvolvido pelos voluntários da instituição filantrópica referência em tratamento humanizado está principalmente ligado às pessoas mais carentes de recursos financeiros, pois, além do grande sacrifício, dores, desesperança e medos que as pessoas acometidas por esta patologia se deparam, ainda convivem com a falta de recursos para minimizar um pouco estes tormentos.


“Não somos uma instituição assistencialista, nós somos filantrópicas. Hoje atendemos mais de 600 pacientes e, dentre elas, há aquelas que têm mais necessidade de uma cesta básica. Por isso, sempre fazemos algumas promoções e ações para arrecadar cestas para poder dar para essas pacientes”, enfatiza Adriane.


O projeto é ofertado de modo totalmente gratuito para todos e nada é cobrado pelos serviços oferecidos, e nem pelas oficinas. Os encontros ocorrem na sede do Centro (Avenida JK nº 1899) em Londrina. “Nós estamos em um processo hoje de reforma e também temos um bazar beneficente que acontece todas as sextas-feiras das 14 às 18 horas. Lá recebemos doações e revertemos em vendas de roupas, sapatos e utensílios para poder custear toda a manutenção das oficinas e demais serviços que são ofertados”, informa.


O grupo também promove muitos encontros fora da sede como palestras e outros momentos de lazer, sempre com o intuito de elevar a autoestima das pacientes. “Recentemente tivemos um encontro de mulheres no Planalto com a presença da Sirlei Fernandes e, no mês passado, promovemos um encontro com pacientes para promover uma tarde de lazer em uma chácara”, conta Adriane.


Além de psicóloga e coordenadora voluntária, Adriane também já passou pelo tratamento de câncer de mama há seis anos. “Tive câncer de mama nas duas mamas, passei por quimioterapias, cirurgias de reconstrução e retirada das duas mamas, e com base em toda essa minha vivência, o nosso trabalho hoje é levar a vida, humanizar essas pacientes, e que dizer que sim, existe vida após o diagnóstico”, reforça.


É possível conhecer mais sobre o trabalho desenvolvido pelos voluntários por meio do Instagram (@capcoficial) e pelo YouTube por meio do canal ‘CAPC Institucional’. “Também precisamos muito das doações das pessoas porque a gente vive de doações. Tudo que é feito para os pacientes também é realizado em forma de doação. Vale dizer que também temos um diploma de reconhecimento de utilidade pública diploma pela Câmara de Londrina e pela Prefeitura. Isso representa que desenvolvemos um trabalho sério onde existe muito amor e também muita determinação por parte de todos os nossos parceiros e dos nossos voluntários”, finaliza.

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