Além da luta diária para oferecer mais educação e saúde para pessoas com deficiência, a Apae de Rolândia também conta com a ajuda financeira da comunidade para continuar com a manutenção dos serviços

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Rolândia é uma instituição filantrópica que desafia diariamente os obstáculos financeiros para proporcionar educação e atendimento especializado a centenas de alunos com deficiência. Com convênios federais e estaduais, a Apae tenta custear os serviços essenciais, mas ainda enfrenta um déficit anual de cerca de R$ 1,2 milhão que precisa ser complementado.

O convênio estadual é responsável por subsidiar parte da educação oferecida pela instituição, enquanto o convênio federal cobre o atendimento médico através do Sistema Único de Saúde (SUS). No entanto, de acordo com o atual presidente da Apae de Rolândia, Eduardo Gazzi, os recursos provenientes desses convênios não são suficientes para suprir todas as demandas da APAE.

O presidente explicou que, neste momento, a instituição divide suas atividades em três núcleos fundamentais: o Núcleo Escolar, que atende cerca de 260 alunos matriculados, proporcionando uma educação inclusiva e dentro do sistema de ensino; o Núcleo Clínico, onde são realizados mais de 2 mil procedimentos médicos mensais, com a presença de neurologistas, psiquiatras, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e psicólogos; e o Núcleo de Assistência Social, que oferece projetos e cursos profissionalizantes para o desenvolvimento social dos alunos e suas famílias.

“Todos esses convênios que vêm dos programas que temos hoje eles não suprem a nossa necessidade, exceto o escolar que quase supre por completo. Um exemplo é o nosso convênio da alimentação em que o repasse é de 33 centavos por dia por aluno. Aqui o aluno toma café, almoça e as vezes toma o lanchinho da tarde, então precisamos de mais recursos para suprir por completo essa demanda”, explicou o presidente.

Outro convênio citado por Eduardo é o clínico, em que a instituição tem um custo de atendimento com o neurologista de R$ 100 por aluno, mas o repasse feito pelo convenio é bem abaixo disso. “Recebemos pelo convênio do SUS apenas 17 reais por aluno, e também temos um convênio odontológico para todos os alunos, que se estende também aos pais e é custeado 100% por recursos próprios da Apae. É por isso que o dinheiro que vêm das doações é tão importante para nós”, afirmou Eduardo.

Com isso, hoje o maior desafio enfrentado pela APAE é a captação de recursos para complementar o financiamento dos convênios. Hoje o foco da instituição é a doação mensal que conta com um valor médio de R$ 25. “O voluntário inicialmente entra em contato conosco, com isso nós fazemos a proposta e vamos fazer ligações mensais para coletar o dinheiro via PIX ou o próprio mensageiro que vai para o local receber a doação”, pontuou.

Hoje a Apae também conta com o ‘Programa de Adoção Odontológica’. É uma ação que ocorre em paralelo com a doação geral e a entidade oferece um programa específico de adoção odontológica, que custa em média R$ 25 por mês por aluno mensalmente. “É possível o voluntário optar por fazer uma doação geral, ou destinar a doação especificamente para o projeto odontológico”, ressaltou.

Além disso, a Apae busca parcerias com a comunidade local, empresários e outras organizações, com o objetivo de envolver mais pessoas na causa e aumentar a arrecadação. É importante destacar que toda a diretoria da instituição é composta por voluntários, incluindo o presidente, que não recebe salários.

“A Apae de Rolândia desempenha um papel essencial na inclusão e na assistência a pessoas com deficiência. Através de esforços contínuos para captar recursos, buscamos sempre assegurar a continuidade de nossos serviços e ampliar o atendimento para beneficiar ainda mais alunos. Por isso, pedimos que a comunidade continue desempenhando um papel crucial nesta luta, apoiando a causa e contribuindo para garantir educação e saúde dignas para todos os atendidos pela Apae”, pontuou o presidente. Para ajudar a Apae, basta entrar em contato por meio do (43) 3256-1071, do 9.99803-0063 ou pelo [email protected].