As aulas começam no dia 26 de abril no Centro Pastoral João de Deus, que teve prova de nivelamento no último sábado

Rolândia oferece, a partir do dia 26 de abril, aulas de português para migrantes e para refugiados que residam no município. A ação é uma parceria entre a Cáritas Arquidiocesana de Londrina e a Assistência Social de Rolândia com apoio da recém-formada Paróquia da Partilha da Igreja São José. As aulas serão no Centro Pastoral João de Deus (rua Santa Catarina 1268), em Rolândia, aos sábados, das 15 às 17 horas.
A organização abriu um formulário de inscrição e fez uma prova de Nivelamento no sábado (5) para ter uma ideia de quantos migrantes ‘vão para a sala de aula’ a partir do dia 26 deste mês. Não há um número oficial de migrantes que residem em Rolândia, mas um levantamento feito pela Assistência Social até dezembro de 2024 com atendimento ao migrante, que procuraram a entidade, mostrou que há mais de 1700 deles em Rolândia. Em sua grande maioria, quase mil, são de venezuelanos, seguidos de 531 haitianos, 45 bengalis e 35 cubanos. Há ainda, mais 24 pessoas de outras nações, mas são em menor número: por exemplo, há 10 países com apenas um migrante.
De acordo com Fabrícia Laís Pigaiani, coordenadora executiva da Cáritas Arquidiocesana de Londrina, essa prova de Nivelamento é realizada para se saber qual o nível adequado para o migrante. “Temos três níveis de ensino do português: o de Acolhimento, o A1 e o A2. Essa prova nos orienta para saber em qual dos níveis ele deve entrar”, explicou Fabrícia.
Ainda segundo a organização, os professores e os monitores são voluntários e deve haver pelo menos um de cada por sala. A vinda desses voluntários foi toda articulada pelo padre Romão, da Paróquia São José, de Rolândia. Essa parceria para a concretização da Escola de Português é a primeira ação da Paróquia da Partilha, recém-criada pelo padre Romão.
Para ser um voluntário, não é necessário ter formação em Pedagogia e nem domínio do idioma dos migrantes como o crioulo, o espanhol ou o francês. Basta ter domínio da língua portuguesa, vontade de se doar pelo outro e ter empatia com os migrantes.
Para mais informações ou para se tirar possíveis dúvidas, a organização disponibilizou o telefone (que também é WhatsApp) 43 3906-1139.