Trajeto está nascendo de modo espontâneo para apreciadores da natureza em busca de conhecimento e cultura, seja na zona rural ou urbana
Uma rota cultural, rural e urbana, está nascendo naturalmente em Rolândia com história e estórias, tradição, beleza e muita cultura. Colaboradores e colaboradoras da empresa JBS, a família Steidle, da Fazenda Bimini, a pesquisadora Cássia Popullin e outros parceiros, estão organizando de modo espontâneo uma rota turística rural e cultural no município.
“Formamos um grupo e estamos ajudando a divulgar o turismo rural e cultural em Rolândia, mas isso não tem vínculo direto com a JBS. Nós só buscamos conhecer e explorar, com sustentabilidade, a cultura local”, explica Jhanislei da Rocha de Souza, supervisora de Recursos Humanos da JBS. O grupo foi formado a partir de uma ‘volta’ cultural para apresentar a cidade a um grupo de adolescentes de São Paulo, do Instituto Germinare. “Visitamos alguns locais e conhecemos um pouco mais da cultura e da história de Rolândia. A ação impactou muitos colaboradores e fizemos esse novo grupo com familiares e fizemos uma rota cultural no domingo passado”, revelou a supervisora.
O ambientalista Daniel Steidle, da Fazenda Bimini, há muito tempo já faz esse trabalho de valorização do turismo rural e cultural na cidade. “A JBS já criou um grupo em Rolândia de turismo rural e cultural e está sendo a nossa grande parceira. Recebemos a visita dos estudantes do Instituto e, neste último domingo, cerca de 30 funcionários e familiares, desde vovôs, vovós, e até os netinhos, participaram de um passeio histórico cultural que começou na Igreja e no cemitério São Rafael”, compartilhou.
O grupo criado conta com aproximadamente 40 pessoas, entre adultos e crianças. “Somos pessoas que apreciam a natureza e o conhecimento, suas curiosidades regionais. Por que irmos tão longe se mal conhecemos a nossa região. Desta forma, estamos buscando explorar e conhecer a cultura local e promover para nossas crianças e adolescentes a curiosidade e o amor por nosso município”, ressaltou Jhanislei.
Até o momento, a rota tem visita à Igreja e ao cemitério São Rafael – locais em que é contado um pouco da história com o Daniel. Há um contato com a Comunidade do Deizinho do Vermelho, com direito à chá de amendoim, e um mergulho na história da região com a fotógrafa e pesquisadora rolandense Cássia Popolin, que também é doutoranda em História pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) e criou o projeto “Fotografia e História”. Há visitas ao sítio das uvas, ao sítio dos morangos e pitaias e giro pelo Distrito de Nossa Senhora Aparecida (Bartira), além de almoço em um restaurante típico rural. Para finalizar, há trilhas e outras atividades na Fazenda Bimini. Daniel Steidle afirma que nessa lista cabem mais locais e pessoas, ou seja, é uma rota turística cultural, rural e urbana.
Daniel também fala da riqueza cultural à disposição dos participantes da rota, especialmente com o compartilhamento de vários conhecimentos por pesquisadores da região, como é o caso da Cássia Popolin. “ A Cássia, professora de Jornalismo e doutoranda em História, conseguiu compartilhar todos os aspectos históricos da região. É algo fundamental ter a presença de alguém de peso, em termos de conhecimento como a Cássia (…) ela apresentou todo o trabalho dela através de banner, fez um grande levantamento e criou uma linha do tempo sensacional”, afirma.
Steidle também explicou que a ideia é fazer essa rota rural e cultural por meio de um mapeamento digital. “Vamos pegar o mapa antigo que já existe de Rolândia, atualizar e digitalizar (…) nós vamos jogar todos os dados nesse mapa digital e, pelo celular, a pessoa vai fazendo o seu pacote de passeios. Estamos visitando os parceiros e fazendo esse mapeamento, esse é um grande sonho”, afirmou. “Também vamos precisar de muita parceria nesse projeto, seja por parte da Câmara de Vereadores, ou da prefeitura”, pontuou.