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FERMENTO NOVO NA MASSA

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Por Monsenhor José Ágius

Estamos em tempo pascal! E, já que a Páscoa de Cristo tem alcance universal, o anuncio da Boa Nova de sua Ressurreição tem que atingir todo o universo. Ninguém e nada deve ficar sem ser “fermentado” pelo Evangelho.

O apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, capítulo 6, nos lembra, nos lembra que celebrando a páscoa devemos ser fermento novo na massa do mundo. Todas as dimensões da vida humana e da existência precisam ser tocadas e transformadas pela força de Cristo ressuscitado. É daí que surge o compromisso de todo cristão e toda cristã com a construção de um mundo novo. Somos o fermento da massa.

Não podemos nos ausentar das grandes questões, das grandes causas da vida, sob pena de reduzirmos a obra da redenção a uma simples “salvação da alma”. É a vida inteira em sua diversidade, dentro dela, o ser humano inteiro em sua diversidade, que precisam ser salvos. Cada um de nós e todos juntos somos responsáveis por salvar a humanidade e o planeta terra da destruição. Mas não pensemos que precisamos sair em campanhas protestando contra a caça às baleias ou abraçando uma árvore centenária na Amazônia. Nossas atitude diárias, simples, de respeito à vida, à natureza, às pessoas, já significarão muito na construção de um mundo melhor.


No entanto, será que podemos perceber os sinais da Ressurreição hoje? Como levar as pessoas a crerem na Ressurreição, se o que mais se vê é destruição e morte? Onde está a vida nova? Se tudo isso nos inquieta, devemos ter sempre presente que a vis nova começa dentro de nós. É pela renovação de nossas mentes que nos transformamos e passamos a ser agentes de transformação à nossa volta. A luz de Cristo ressuscitado se expande no mundo pelas nossas pequenas e pobres “velas”, que não são dispensáveis.

Celebrar o Cristo ressuscitado também ter olhos novos para ver o novo acontecendo onde a vida está brotando: a esperança que volta a um coração desanimado, o desprendimento de muitos voluntários/as que se dedicam aos mais variados serviços, o crescimento na direção de uma maior consciência da responsabilidade de todos na paz, na vida, na preservação do ambiente. Tudo isso ganha mais importância quando deixa de ser apenas um gesto humanitário, para ser também um compromisso cristão com a vida que vence a morte. Celebrar a Páscoa é, portanto, comprometer-se de novo e de forma nova com o resgate da vida em todas as suas manifestações.

Monsenhor José Ágius

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