Sanepar sinaliza possível rodízio de abastecimento

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Empresa alerta que, se estiagem persistir, rolandenses terão que fazer rodízio no abastecimento de água

A Sanepar divulgou um alerta, na quinta-feira (23), em que sinaliza para a possibilidade de haver um rodízio no abastecimento de água no município de Rolândia. A nota com o alerta condiciona o rodízio à falta de chuva e à estiagem que se abateu sobre a região. Por isso, a recomendação, mais do que nunca, é para o uso racional da água. Leia a nota na íntegra abaixo.

Foto: Reprodução/RPC

Primavera começa com dois terços do Paraná em estiagem
A combinação perversa de chuvas abaixo da média na estação, elevação de temperatura e viés de aumento do consumo preocupam a Companhia

A Primavera começou às 16h21 desta quarta-feira (22) e, segundo a previsão do Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar), a situação com relação à crise hídrica deve se manter, com projeção de chuvas abaixo da média na estação.

O Paraná vive a pior estiagem das últimas décadas e várias regiões, incluindo a Grande Curitiba, passam por racionamento de água, com o rodízio no fornecimento de água. No interior do Estado seis cidades estão com o abastecimento em dias alternados e 19 cidades em situação crítica.

“Atualmente dois terços do território do Paraná continua sob o fenômeno da estiagem. A região Leste está se recuperando, mas precisa de muita chuva para voltar à normalidade. Isto significa que a estiagem está distribuída ao longo do Estado, com mais força na Região Sudoeste”, destaca o diretor de Meio Ambiente e Ação Social da Sanepar, Julio Gonchorosky.

Na região Norte do Paraná, o rodízio no abastecimento já é uma realidade para moradores de Jandaia do Sul, Jardim Alegre, Ibaiti e Quatiguá. A cidade de Santo Antônio da Platina deve entrar neste mesmo sistema de abastecimento alternado a partir do dia 27, próxima segunda-feira.

Estão em situação de alerta, em função da redução significativa dos níveis dos mananciais somada ao consumo elevado, as cidades de Mandaguaçu, Goioerê e Iretama (Noroeste), Rolândia, Sabáudia, Siqueira Campos, Carlópolis, Jacarezinho Leópolis e São Sebastião da Amoreira, além dos distritos Panema (em Santa Mariana) e Triolândia (em Ribeirão do Pinhal).

A previsão para o mês de outubro é de chuvas dentro da média ou um pouco acima, mas em novembro as chuvas diminuem e a situação volta a ser crítica. “Temos que reforçar que nos últimos dois anos o Paraná vive uma estiagem severa e precisamos de água em abundância para que possamos recuperar os mananciais e reservatórios”, diz o diretor.

EMERGÊNCIA HÍDRICA
No início de agosto, o governo estadual publicou o quarto decreto de emergência hídrica no Paraná, em sequência, reconhecendo a gravidade da estiagem e priorizando o uso da água para abastecimento humano e dessedentação animal.

A estiagem tem provocado perdas na agricultura. Sem chuvas significativas no momento do plantio de grãos, a produção sofreu o impacto das mudanças climáticas. A produção de milho teve uma quebra de quase 60% em relação ao ano passado.

De acordo com o Prognóstico Climático para a Primavera/2021 divulgado pelo Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), de 1961 até 2020, observa-se uma diminuição média de 28 milímetros de chuva no país durante a estação. O levantamento ainda aponta que, na Região Sul, existe tendência significativa de elevação da temperatura durante a primavera.

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