Por Monsenhor José Ágius
Chegamos ao dia do Natal de Jesus! Nunca nos esqueçamos de que o Filho de Deus aceitou a missão de assumir um corpo como o nosso, no seio da Virgem Maria, mas continuou sendo Deus. Por causa dessa maravilhosa união, é verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Assim, podemos adorá-lo com o os pastores e os reis fizeram e receber sua bênção, de igual maneira como eles, pois Deus não tem idade, nem passado, nem futuro. Ele é!
O que representa este evento, hoje, é o Presépio, montado com tanto carinho nas igrejas, em nossas casas e até em algumas lojas do comércio. Ponhamo-nos, em espírito, diante dele e entreguemos-lhe nossos presentes, preparados com tanto esmero e cuidado durante as quatro semanas do Advento. Falemos-lhe de nosso esforço, unido à sua graça, para limpar nosso coração e o podermos acolher neste santo dia. Revelemos-lhe os propósitos que trazemos em nosso coração. Embora ele já os conheça, mas gosta de ouví-los de nossos próprios lábios. Não desperdicemos esses momento preciosos de encantamento e de gratidão! Reflitamos como a Revelação de Deus se foi processando progressivamente através do tempo. Primeiro, Deus se revelou através das maravilhas da Criação: o sol, os astros, o ritmo certo de seu movimento, oferecendo-nos quadros belíssimos do nascer e do pôr do astro-rei. A beleza de quase infinitas cores e matizes das flores, a maravilha do crescimento dos frutos, preparados para nosso sustento. A estupenda diversidade de animais, a beleza dos pássaros… toda a Criação revela a beleza do amor de Deus por nós.
Depois de nos falar pelos profetas, a própria Palavra de Deus se encarnou para vir diretamente até nós, como o evangelista São João nos comunicou. De tal modo, eu olhando para Jesus, como se comporta, a quem prefere e defende, escutando o que ele fala, estaremos vendo como o Pai fala e é! Jesus é a luz que veio se encarnar no meio das trevas do egoísmo, da violência, da injustiça. Estaremos dispostos a ser seu instrumento para recriar um mundo novo? Se Deus nos ama tanto, nós também podemos e devemos nos amar uns aos outros.
Monsenhor José Ágius